Ativistas criticam o Plano Colômbia no Fórum Social

Por UOL NOTÍCIAS 18/01/2004 às 12:49

MUMBAI, Índia, 18 jan (AFP) - Ativistas do Equador e da Colômbia alertaram este domingo para o perigo da regionalização do conflito colombiano e os efeitos sobre a saúde de um plano de combate às drogas e aos rebeldes financiado por Washington, durante o Fórum Social Mundial de Mumbai.

O Plano Colômbia, que conta com um financiamento de mais de dois bilhões de dólares dos Estados Unidos em ajuda econômica e militar, "não está provocando apenas uma maior militarização do Equador e da Colômbia e uma regionalização do conflito, mas também está destruindo a floresta amazônica", afirmou Edgar Isch López, ex-ministro equatoriano do Meio Ambiente.

"Como conseqüência do Plano Colômbia, existem 10.000 equatorianos armados na fronteira com a Colômbia e alguns deles vão morrer", advertiu López.

"E a guerrilha colombiana não fez nenhuma ação no Equador. Se é verdade que entram no território, às vezes para buscar ajuda médica, o mesmo vale para os paramilitares", disse.

López também denunciou as perigosas conseqüências sobre a saúde das "fumigações que, com a desculpa do cultivo de coca, são aplicadas na região de Putumayo, na fronteira entre Equador e Colômbia".

"As áreas fumegadas são como desertos no meio da selva", afirma Isch, que coordena em seu país o Movimento Internacional pela Saúde dos Povos.

"Apesar dos Estados Unidos afirmarem que não são nocivas, comprovamos que essas fumigações, que utilizam o glisofosfato misturado com outros produtos, provocam problemas de pele e têm um alto nível de toxicidade sobre células sanguíneas", explicou.

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